Deitados na Grama

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Em cima de uma colina existia uma grande casa. Tinha sua fachada branca e cheia de janelas. Era muito grande aquela casa. Nela, morava uma moça que nunca saiu na porta de casa. No povoado que ficava próxima a colina dizia-se que a moça tinha problema; uma doença incurável e essa doença era contagiosa, por isso, ela não saia de casa. Se você passasse numa manha de sol na frente daquela grande casa que fica na colina, veria na segunda janela do andar de cima uma moça sentada olhando para o horizonte, uma linda moça por sinal.

Mas o que todo mundo não sabia, era que aquela moça não podia andar, tinha nascido com paralisia, naquela época ninguém chamava assim. Por isso, vivia triste por não puder andar. O máximo que costumava fazer era ficar da janela do seu quarto observando um lindo campo florido que nascia em frente de sua casa e descia a colina. O que ela mais gostava era quando o dia nascia ensolarado, pois o dourado refletido naquele campo era a coisa mais linda que ela tinha visto na sua vida. Por causa dos falatórios do povoado ela também acreditava que tinha uma grave doença contagiosa e não saia de sua casa para não transmitir sua doença para as outras pessoas. Ate seus pais e empregados entravam no seu quarto usando mascaras de pano para não se contagiar.

Ela era muito infeliz.

Um dia, ela estava observando mais uma vez seu campo florido, mas acaba adormecendo. Acorda com um barulho em sua janela, quando olha vê um jovem sentado observando-a.
- cuidado! Tolo rapaz, se não sair imediatamente desse aposento será contagiado por minha doença! Grita a moça.
- sinto muito linda dama. Estava fugindo de malfeitores que dizem que estou os devendo! Estavam usando da violência para me coagir a pagar, por isso, corri para a colina e vi que esse quarto estava com as cortinas abertas, subi e tive a sorte de ela esta destrancada e aqui estou! – fala o rapaz – então você é doente? Acho que foi por isso que os malfeitores me deixaram de mão quando entrei aqui. Mas onde esta essa doença que não consigo vê-la?
- bem na sua frente, talvez você seja uma pessoa que tem problemas de miolos e visão, vamos, saia imediatamente por onde entrou, é para seu bem. Fala a moça aflita. 
- na verdade – começa o rapaz – eu já teria me ido a tempo, mas quando entre nesse quarto vi uma flor que encantou meu coração e permaneci mais um pouco para ficar observando essa flor rara. E continuo não encontrando essa doença! 
- ora, nunca recebi um gracejo, mesmo que seja de uma pessoa suspeita como você, mas agradeço assim mesmo! Vejo que você não tem medo de mim, não é?
- como posso ter medo de você? Só se eu possuísse poucos miolos como você chama, mas já esta na minha hora, foi um prazer linda moça até! Fala o rapaz dando um salto pela janela.
- espere!... Tenta gritar a moça, mas o rapaz já tinha ido correndo olhando para todos os lados.

E assim, a vida da moça toma outra forma.

Em um amanhecer a moça que começou há sorrir um pouco, encontra uma pequena flor em sua janela. Era uma rosa amarela. O rapaz não apareceu mais, mas ela não ficava triste por causa daquilo, pois todo dia ela encontrava uma flor diferente em sua janela a partir daquele dia, ela tinha certeza que era aquele alegre rapaz que fazia aquilo. Em um amanhecer ela não encontra nenhuma flor e sua tristeza retorna, pois imagina que o rapaz a esqueceu. De um pulo entra um vulto no seu quarto.
- ola, linda dama. Diz o rapaz.
- você sempre é assim? Cheio de surpresas!? Fala a moça, e o sorriso retorna no seu rosto.
- digamos que eu esteja ainda com problemas com aqueles malfeitores, mas na realidade, eu vim hoje para lhe dizer que ainda não encontrei a tal doença e lhe fazer uma proposta.
- proposta?
- sim, você gostaria de passear comigo no campo que fica em frente da sua casa?
- eu não posso, tenha pernas fracas e posso contagiar todo mundo.
- a única coisa que você contagia são corações e sonhos! Anda, vamos. O rapaz carrega a moça nos braços.

Se você quer saber o final, leia outra vez o tema desse conto.

--- FIM ---

Sr. Pikachu Sama

Dedicado a Ana Karoline, Minha Linda Arvore....

1 Response to "Deitados na Grama"

Ana Karoline Says :
28 de outubro de 2008 às 16:51

Ah,muito obrigada pela dedicatória!
Vc e seu PODER transformador...
me fazem florecer mesmo em tempos ruins.
É por isso,e tudo o mais,que eu te amo.
Piscadela!

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