Parte III - As Raças

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Anões – Os Artífices de Arda

Da história dos Anões existem poucos registros seguros, uma vez que essa raça prezava de maneira especial a privacidade e o segredo que envolvia suas vidas e seu insuperável trabalho artesanal. A única lenda sobre a origem do de Thorin e Gimli a sobreviver até nossos dias é a de origem élfica, mas oferece explicações interessantes sobre as motivações e os interesses desse povo misterioso.

Essa lenda conta que, nas profundezas do Tempo, apenas os Valar e os Maiar habitavam Arda, preparando o Pequeno Reino para a vinda dos filhos de Eru, Elfos e Homens, previstos desde a criação do mundo. E um dos Poderes estava especialmente impaciente com a demora da chegada dos Eruhíni: era Aulë, o ferreiro e artífice dos Valar, um espírito inquieto e generoso, sempre ávido para trazer novas coisas ao mundo e ensinar seus grandes conhecimentos a todos.
Baseado na tênue memória que tinha dos Filhos de Ilúvatar a partir da Grande Canção, Aulë criou os Sete Pais dos Anões num grande salão sob as montanhas da Terra-média; fez também as Seis Mães desse povo, deixando um dos Pais – Durin, o mais velho – sozinho. Aulë começou a instruir os Anões, ensinando-lhes a língua que criara para eles e que permaneceria praticamente imutável por todas as longas eras de Arda. Mas Ilúvatar, embora Aulë não tivesse pedido seu conselho, sabia das ações dos Vala, e se dirigiu a ele mostrando que, sem a Chama Imperecível que o Criador havia dado a Elfos e Homens, eles seriam meras marionetes da vontade de Aulë.

Envergonhado por sua falta, Aulë se dispôs a destruir suas criações, erguendo seu martelo, mas começou a chorar ( Na Artigo do “O Silmarillion” coloquei uma foto desta cena ). Ilúvatar apiedou-se dele e, naquele mesmo momento, os Anões se moveram por vontade própria e imploraram misericórdia. Ilúvatar havia dado a eles a Chama Imperecível e eles foram aceitos entre seus Filhos, com uma condição: voltariam a dormir sob a rocha até a hora em que os Elfos, os verdadeiros Primogênitos, despertassem.
Embora desde os princípios divididos em sete povos, pouco se sabe sobre os Anões além de que se conhece a respeito do povo de Durin, o maior dos líderes dessa raça e líder do povo anão que mais se envolveu na história de Elfos e Homens. Em geral, eles eram baixos (cerca de 1,40m), atarracados, dotados de força e resistência incomuns. Suas paixões eram a rocha, as pedras e os metais preciosos, e tudo o que fosse possível criar de belo e útil com esses materiais. Teimosos, voluntariosos, suas memórias guardavam qualquer ofensa ou favor e ninguém era capaz de dominar suas mentes para o bem ou para o mal. Desde o princípio, houve pouca amizade entre eles e os Elfos e, com as tragédias dos Dias Antigos, a relação entre os dois povos piorou. Viviam muito, bem mais que os Homens (por volta de 250 Anos), mas eram mortais. Eles nasciam com suas barbas e suas mulheres também as tinha, uma coisa que no meu ponto de vista, Tolkien poderia ter feito essa parte mais romantizada e não bruta como ficou. Por isso, havia grande discussão entre os povos de Arda contra os Anões, como homem e mulher possuíam barbas, era quase impossível saber quem era quem. De qualquer forma, eles protegiam suas mulheres ferozmente, uma vez que elas eram poucas – cerca de um terço do número de homens – e delas dependiam a sobrevivência da raça.

Em Beleriand

Como a maioria dos povos de Arda, também os Anões lutaram e sofreram na Terra de Beleriand durante a Primeira Era, as cidades de Nogrod (Habitação Oca) e Belegost (Grande Fortaleza), escavadas nas Montanhas Azuis, se tornaram poderosas e renomadas entre Elfos e Homens. Durante a Batalha das Lágrimas Incontáveis, os Anões ganharam renome ao enfrentar os grandes dragões de Angband, liderados por Glaurung, o Dourado, e seu líder Azaghâl de Belegost forçou a serpente de fogo a deixar o campo da batalha, embora fosse morto por ela.

Graças à cobiça dos Anões e à maldição que jazia sobre as Silmarils (estou colocando o nome em inglês, mas é apenas um capricho meu, pois nome deveria ser: Silmarilli), por causa disso, uma grande inimizade surgiu entre eles e Elfos, e o grande Reino Élfico de Doriath foi extremamente enfraquecido pela guerra entre os dois povos. Depois da derrota de Morgoth, apenas em Khazad-dûm (Moria), bem a leste de Beleriand, foi possível o estabelecimento de um intercambio frutífero entre Elfos e Anões, graças à sabedoria dos reis da linhagem de Durin e de seus povos, os Barbas-longas. Contudo, o poder de Sauron não poderia consentir em aliança tão perigosa a seus interesses, e ele atacou ambos os povos até que eles ficassem praticamente isolados. Mesmo assim, o rei Durin IV enviou tropas para ajudar as forças de Gil-galad e Elendil na Última Aliança.

A Terceira Era

Com a aparente derrota definitiva de Sauron, tudo parecia estar voltando ao normal para o povo de Durin, Moria prosperava e havia paz na Terra-média. Contudo, quase dois milênios depois da vitória da Última Aliança, um mal terrível despertou em Khazad-dûm: era o Balrog, um demônio dos Dias Antigos que voltava a aterrorizar os Anões. Com seu rei e príncipes mortos pela criatura, os Barbas-longas tiveram que deixar seu reino ancestral, fundando domínios em muitas montanhas do norte da Terra-média.
Dessa vez, porém, o grande inimigo deles eram os Dragões que haviam se multiplicado no Norte. As serpentes de fogo conseguiram destruir, um a um, quase todos os reinos dos anões, forçando o herdeiro da linhagem de Durin, Thorin Escudo de Carvalho, a vagar no exílio, pensando em com se vingar das terríveis criaturas ou em como recuperar um dos Sete Anéis dos Anões, que fizera parte da herança de sua família. Foi então que, seguindo o conselho do Gandalf, o Cinzeto, Thorin resolveu convocar o pacato Hobbit Bilbo Bolseiro para ajudá-lo – e a história da Terra-média mudou para sempre, como se pode ver em “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”. No fim das contas, as ações do povo de Durin acabaram sendo determinantes para dar mais fôlego às forças do Bem na Terra-média, que se preparavam para o confronto decisivo com Sauron, o Senhor do Escuro.

Gimli

Gimli foi um intrépido e leal Anão. Seu pai Glóin foi um dos companheiros de Bilbo Bolseiro em sua jornada à Montanha Solitária, e Gimli foi um membro da Sociedade que acompanhou Frodo em sua missão para destruir o Um Anel. Gimli superou sua desconfiança para com os elfos conforme aumentava sua admiração por Galadriel, e formou uma duradoura amizade com Legolas, ganhando dele o nome de Amigo-dos-Elfos.

Gimli nasceu em 2879. Seu pai Glóin pertencia à linhagem de Durin; o nome de sua mãe não é conhecido. Em sua juventude, Gimli viveu nas Montanhas Azuis a oeste de Eriador. Após os anões recuperarem a Montanha Solitária em 2941, Glóin mudou sua família para lá e tornou-se próspero.

Por volta de 3017, um mensageiro veio à Montanha Solitária vindo de Mordor, procurando notícias de Bilbo e do Anel que ele encontrara. Glóin e Gimli foram enviados para Valfenda para avisar Bilbo e procurar conselhos com Elrond. Eles chegaram à Valfenda em Outubro de 3018 e no dia 25 eles compareceram ao Conselho de Elrond. No Conselho foi decidido que o Anel precisaria ser levado para mordor e destruído, e Frodo Bolseiro se ofereceu para a missão. Gimli foi escolhido para ser o representante dos Anões na Sociedade do Anel.

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