Parte III - As Raças

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O Segundo Povo - Homens


Muitos milhares de anos depois do despertar do Elfos, junto com o primeiro nascer do Sol, a raça dos Homens despertou em Hildórien, no leste de Arda. No idioma dos Eldar de Valinor o nome deles era Atani, o Segundo Povo, mas essa denominação posteriormente passou a se aplicar apenas às Três Casas dos Amigos-dos-Elfos, que migraram para Beleriand durante as guerras entre os Noldor e Melkor. O povo élfico mais comunentes os chamava de Fírimar, os Mortais.

O nome é apropriado, pois a marca dos humanos era exatamente a mortalidade, ao contrário dos Elfos, eles estavam sujeitos à doença e à morte depois de um breve tempo em Arda, e seu conhecimento e habilidade só cresciam a duras penas. Os Eldar acreditavam que a morte era o presente de Ilúvatar, aos Homens, e que o destino deles estava além dos Círculos do Mundo.

Conta-se que os Homens vieram ao mundo quando Melkor, retornara à Terra-média. O Vala malévolo, de acordo com as lendas sombrias dessa época, teria partido em pessoa para Hildórien ao saber da vinda dos Atani, e lá, lentamente, ele os enganou e corrompeu, tornando-os escravos de sua vontade. Nem todos, porém, se deixaram subjugar, alguns deles ouviram dos Elfos o rumor de que havia Luz no Oeste e escaparam na direção do poente até que, após mais de três séculos, chegaram a Beleriand. Lá eles travaram amizade com Finrod Felagund, príncipe Noldor e senhor de Nargothrond, que os instruiu com a sabedoria élfica e fez deles aliados fiéis contra a ameaça de Morgoth. O primeiro humano a encontrar Finrod foi Bëor,o Velho, ele e sua família permaneceram para sempre fiéis à Casa de Finarfin, da qual provinha Finrod.

As Três Casas dos Edain – Os humanos que chegaram a Beleriand já estavam divididos em três povos, que receberam o nome coletivo em sinadarin de Edain.

A Casa de Bëor, liderado pelo chefe de mesmo nome, era formada por pessoas de cabelos escuros e olhos cinzentos, sérios, habilidosos, inteligentes e compassivos. Eles se instalaram no norte de Beleriand, na região de Ladros, e serviram aos senhores élficos da Casa de Finarfin.

A Casa de Hador tomou seu nome de Hador Cabeça Dourada, que jurou fidelidade a Fingolfin, o maior dos reis élficos (Só perde em carisma para Fëanor, como um dos meus personagens favoritos, esse é dez!). Louros e de olhos azuis, altos, incansáveis e espirituosos, eles formavam o maior povo dos Edain e habitavam o extremo noroeste da Terra-média, no país de Dor-lómin.

A Casa de Haleth era a única a ser liderada por uma mulher, a caçadora Haleth, uma guerreira indomável que morreu solteira, deixando o comando a seu irmão Haldan. Eles eram semelhantes ao povo de Bëor, mas mais lacônicos e solitários, habitando a grande floresta de Brethil.

Depois de muitos anos de prosperidade, os Eldar e os Edain começaram a declinar sob os golpes do Senhor do Escuro. Derrotados em batalha, eles foram forçados a aceitar a ajuda dos Orientais, homens recém-chegados do Leste que estavam secretamente aliados a Morgoth. Embora reunissem um enorme exército aliado, Elfos e Homens foram derrotados na Batalha das Lágrimas Incontáveis graças à traição dos Orientais.

Foi graças à união de Tuor (VEJA TUOR), da Casa de Hador, com Idril, princesa dos Noldor, que as duas Gentes foram salvas: deles nasceu Eärendil, que conseguiu atravessar o Grande Mar para pedir o perdão e o auxílio dos Valar. Morgoth foi derrotado e os Edain remanescentes fundaram o reino de Númenor (VEJA NÚMENOR) , na ilha de Andor (“a dádiva”), dada a eles como recompensa pela luta contra o inimigo.

Os Homens do Mar – Com o auxilio dos Valar, o reino insular de Númenor, governado pela dinastia de Elros (filho de Eärendil) se tornou uma grande potência. Seus marinheiros singravam todos os mares de Arda, e os Dúnedain, nome de seu povo, viviam centenas de anos em paz e prosperidade.

Mas a própria longevidade dos numemorianos foi sua queda. Eles passaram a ansiar por vidas cada vez mais longas e pela própria imortalidade, que por direito só pertencia aos Elfos. As embaixadas dos Valar nada adiantaram, os reis de Númenor e a maior parte de seus súditos renegaram o Oeste e passaram a levar uma vida sedenta de riquezas e poder.

Isso continuou até o reinado de Ar-Pharazôn, que decidiu invadir a Terra-média e destruir Sauron, o grande adversário de Númenor pela supremacia nas Terras Mortais. O tiro, porém, saiu pela culatra: Sauron convenceu o próprio Ar-Pharazôn a levá-lo para Númemeor como refém, mas o chegar lá sua retórica e seu poder fizeram dele o principal conselheiro do rei em pouco tempo. Pharazôn, instigado por seu antigo inimigo, erigiu um templo a Morgoth e decidiu atacar Valinor (Forçou a barra, ein Pharazôn!?) e roubar dos Valar a imortalidade. O resultado foi um completo desastre: Ilúvatar destruiu Númenor e o poderio dos Dúnedain desapareceu para sempre – ou quase. Quem conhece um pouco das lendas de Atlântida irá percerber que essa história lembra muito a destruição do continente lendário que foi tragado pelo o Mar como um alerta que nenhum Homem pode-se comparar aos Deuses. Tolkien nunca negou que se baseou em Atlântida para criar Númenor.

Os Reinos no Exílio – Da destruição de Númenor se salvaram nove barcos, liderados por Elendil, um descendente de Elros que permaneceu fiel aos Valar, e seus filhos Isildur e Anárion. Na Terra-média, eles fundaram Arnor e Gondor, os Reinos no Exílio e derrotaram Sauron aliados ao rei élfico Gil-galad no fim da Segunda Era. Contudo, Isildur decidiu manter o Um Anel consigo, o que evitou que o terrível artefato fosse destruído e levou à sua morte de Isildur e ao retorno de Sauron na Terceira Era.

Pouco a pouco, Arnor e Gondor entraram em declínio, sofrendo cada vez mais com o retorno do Senhor do Escuro. O reino de Arnor acabou desaparecendo, mas os herdeiros de seus reis, descendentes de Isildur, continuaram a enfrentar o mal de maneira secreta em Eriador. Em Gondor, a linhagem secreta de Anárion permaneceu, mas os Regentes continuavam a se opor a Mordor da melhor forma possível. Os Homens selvagens de Rhûn e Harad, aliados de Sauron, minavam cada vez mais Gondor, até que veio o ataque decisivo do Inimigo.

A história de O Senhor dos Anéis, que é a conclusão da grande mitologia tolkieniana, revela esse último grande estágio de luta e Elfos contra Sauron.

Bem, pessoal, vou dar um tempo com o Mestre Tolkien e voltar com outros textos, contos e resenhas. Mas, não se preocupem, porque ainda não acabou os relatos do Mestre Tolkien.

Sr. Pikachu Sama

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